geme o restolho triste e solitário
a embalar a noite escura e fria
e a perder-se no olhar da ventania
que canta ao tom do velho campanário
geme o restolho preso de saudade
esquecido, enlouquecido, dominado
escondido entre as sombras do montado
sem forças e sem cor e sem vontade
geme o restolho a transpirar de chuva
nos campos que a ceifeira mutilou
dormindo em velhos sonhos que sonhou
na alma a mágoa enorme, intensa, aguda
mas é preciso morrer e nascer de novo
semear no pó e voltar a colher
há que ser trigo, depois ser restolho
há que penar pra aprender a viver
e a vida não é existir sem mais nada
a vida não é dia sim, dia não
é feita em cada entrega alucinada
pra receber daquilo que aumenta o coração
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(Mafalda Veiga)
Entao agora o Restolho geme???ai...beijos amor ,mt lindo
ResponderEliminarA pesar que no comprendo en su totalidad tu bello idioma, me parece una hermosa poesía.
ResponderEliminarGracias por dejar tu comentario en mi blog, ya que sí, es por problemas que no estoy escribiendo nada.
Muchos cariños
mimita